Aumenta o número de pessoas com deficiência no mercado de trabalho brasileiro

Aumenta o número de pessoas com deficiência no mercado de trabalho brasileiro

Segundo dados oficiais do governo, o número de pessoas com deficiência no mercado é de aproximadamente 590 mil pessoas com deficiência empregadas tendo como ano-base 2022.

O número de pessoas com deficiência no mercado de trabalho brasileiro está aumentando. De acordo com dados oficiais do governo, em 2022, aproximadamente 590 mil pessoas com deficiência estavam empregadas.

Esse aumento é positivo para a inclusão. Segundo os dados mais recentes da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2022, há cerca de 590 mil pessoas com deficiência atualmente empregadas. Embora esse número pareça considerável, representa apenas cerca de 1% do total de empregos registrados na RAIS para o mesmo período, que ultrapassou os 52 milhões de vínculos ativos.

Comparado aos dados demográficos do Censo do IBGE de 2010, onde aproximadamente 24% da população brasileira declarou ter algum tipo de deficiência, ou mesmo às estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugerem que aproximadamente 15% da população mundial vive com alguma deficiência, percebe-se que ainda há um longo caminho a percorrer em termos de inclusão no mercado de trabalho.

Desigualdade de remuneração persiste nos grupos minorizados

Apesar dos esforços em promover a inclusão, existem desafios persistentes a serem enfrentados. Por exemplo, a diferença salarial entre homens e mulheres ainda é evidente, com as mulheres recebendo em média 87,6% da remuneração dos homens para realizar as mesmas atividades. Além disso, as disparidades raciais e étnicas também são perceptíveis, com variações significativas na remuneração de acordo com a raça, cor ou etnia das pessoas.

Remuneração média por categoria

  • Categoria “amarela” R$ 5.103,33
  • Categoria “branca” R$4.080,55
  • Categoria “indígena” R$3.212,73
  • Categoria “preta” R$2.788,37
  • Categoria “parda” R$2.772,50.

Dentro do grupo de pessoas com deficiência, a desigualdade salarial também é evidente. Por isso, é crucial reconhecer que diferentes tipos de barreiras, especialmente as atitudinais, podem influenciar o acesso ao emprego e aos salários para pessoas com diferentes tipos de deficiência. Enquanto algumas pessoas, como as reabilitadas e aquelas com deficiência física ou visual, tendem a receber salários acima da média nacional, outras, como aquelas com deficiência intelectual, enfrentam maiores desafios no mercado de trabalho.

Remuneração média por categoria

  • Pessoas reabilitadas R$ 4.312,70 
  • Pessoas com deficiência física R$ 3.998,84 
  • Pessoas com deficiência visual R$ 3.968,33, 
  • Pessoas com deficiência intelectual R$ 2.070,57

Há muito a ser feito para a inclusão plena

Em resumo, embora o aumento do número de pessoas com deficiência no mercado de trabalho seja um avanço, é fundamental reconhecer que ainda há muito a ser feito para garantir uma inclusão genuína e igualdade de oportunidades para todas as pessoas, independentemente de suas habilidades, gênero, raça, origem ou outros aspectos de sua identidade. O compromisso contínuo com políticas e práticas inclusivas é essencial para construir um ambiente de trabalho mais justo e diversificado.

A Santa Causa
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